Não me sinto confortável escrevendo sobre qualquer tipo de denominação, pois não sou Juiz e jamais me pretendi colocar dessa forma. Mais para que os irmãos não fiquem tristes comigo, vou responder-lhes. Nós sabemos que o Apóstolo Paulo, foi quem mais doutrinou a igreja a respeito de como as mulheres deveriam se portar.
Percebemos que durante a sua jornada Cristã, ele se contradisse algumas vezes. Temos que observar Paulo apóstolo, no início, meio e fim de sua carreira Cristã, para procurarmos entender melhor os seus ensinamentos neste aspecto que os irmãos colocam sobre a mulher ser discriminada, principalmente na CCB. Paulo, no início de sua conversão, escreveu que a mulher se calasse na igreja e se tivesse alguma dúvida perguntasse ao marido em casa.
Bem, se o marido fosse cristão, até que seria uma tarefa fácil, caso não fosse, ela permaneceria com a sua dúvida. Precisamos entender que a carta de Paulo a igreja de Corinto, foi por motivo específico escrita para ela. Foi pontual! No meio da sua jornada ele já escreveu dizendo que a mulher é parte integrante do marido. (ambos, uma só carne). Se o marido maltratasse a sua mulher, estava maltratando a si mesmo. Chegando perto do fim da sua missão, Paulo já escrevia que em Cristo não havia diferença entre Judeu, grego, homem e mulher. Ora, ele mudou de pensamento, entrou em contradição ou cresceu no entendimento em Jesus Cristo?
È lógico que ele cresceu no entendimento do Senhor Jesus. Aprendeu a suavidade da Graça e se deliciou nela, mesmo estando no Oriente médio, onde as mulheres até o dia de hoje, são discriminadas. Hábitos e Costumes, de um mundo diferente do nosso, como o nosso é diferente dos povos indígenas.
O senhor Jesus, não veio para mudar costumes e hábitos. Mas sim, para transformar as mentes humanas que ganham ênfase nos coraçôes (salvar). Em um mundo machista e há dois mil anos atrás, Jesus quando fez seu discurso que está escrito no evangelho segundo Mateus, 19, o senhor escandalizou até os seus discípulos. Por quê? Porque quando Jesus disse que se o homem repudiasse a sua mulher não sendo por adultério e se casasse com outra, cometia pecado, seus discípulos chegaram a dizer: se é assim a nossa condição em relação à mulher, é melhor não se casar.
Não tinham espírito para entender que o senhor Jesus estava nivelando, igualando a mulher ao homem. Concedendo a mulher há dois mil anos atrás, direitos que só agora em nosso tempo e no ocidente, elas vêem adquirindo. Vamos imaginar aqueles que ouviam o discurso de Jesus e que estavam acostumados com a troca de mulheres, quando estas de alguma forma já não os satisfaziam e que eram despedidas, quando não queriam se sujeitar à convivência com outra na mesma residência. Prestemos bem a atenção: eram despedidas sem nenhum tipo de direito, ou seja, não havia partilha de bens e não se pagava pensão. Valiam menos do que um camelo ( nem sempre). Ouvirem aquele discurso foi à mesma coisa que dizer: se querem trocar, repudiar, façam à partilha dos bens e dêem pensão alimentícia para sua mulher.
Se hoje, ainda existe machista que não aceita, podemos imaginar estas palavras ditas há dois mil anos! (caiu como uma bomba na cabeça deles). Até os discípulos entraram em pânico. Deus começou a exaltar as mulheres já no velho testamento, através de Débora (primeira juíza a julgar o povo de Deus), Ester (rainha que Deus usou para salvar o seu povo do projeto maligno de Hamã) e dois mil anos atrás, Maria (mãe do nosso salvador Jesus cristo). O anjo Gabriel que assiste diante da presença de Deus, chegou para ela e disse: salve agraciada, o senhor é contigo. Bendita és tu entre as mulheres.
Não existe na terra maior exaltação para as mulheres do que esta!
As mulheres não são discriminadas apenas na CCB, elas são discriminadas em todas as religiôes e segmentos da sociedade!
Agora, quando elas são determinadas, ninguém pode discriminá-las...
Elas sabem lutar pelos seus direitos e são mais valentes do que a maioria dos homens. E se como os irmãos escrevem que na CCB, elas são discriminadas, com certeza, é porque querem! Ou se acomodam ou não têm entendimento necessário para fazerem valer os seus direitos. Posso garantir que na CCB, como em outras denominaçôes as mulheres formam a maioria (necessária) principalmente “calada”.
Porém, no máximo, a partir de 2010, as irmãs alcançaram um avanço na parte musical, visto que, passarão a tocar instrumentos mas leves(violino, flauta, etc) nas orquestras da CCB.